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Oxidação de Óleos Mineral (OMI) e Vegetal (OVI) Isolantes em Diferentes Concentrações de Oxigênio


Mesmo sendo mais susceptível a oxidação comparativamente ao óleo mineral isolante (OMI), o óleo vegetal isolante (OVI), ou éster natural (EN), não gera borra, não apresenta compostos corrosivos de enxofre e compostos ácidos mais fracos são formados. Portanto, os produtos da degradação OVI não agridem o papel isolante da mesma forma que os formados na degradação do óleo mineral isolante. Mas, por outro lado, a viscosidade do OVI aumenta com o aumento da oxidação e, quando este aumento for maior que 10% comparativamente ao valor inicial, a regeneração não é eficiente na recomposição desta propriedade. Assim, para evitar intervenções precoces neste tipo de fluido, o controle da concentração de oxigênio é muito importante. Aliado ao oxigênio, tem-se a temperatura, porque quanto maior a temperatura, maior é a velocidade da reação de oxidação. O objetivo deste trabalho realizado pela Vegoor foi conhecer o efeito de diferentes concentrações de oxigênio na oxidação dos óleos mineral e vegetal isolantes, a 200 °C, a partir do monitoramento de parâmetros físico-químicos dos óleos, levando em consideração os valores limites especificados nas normas ABNT NBR 16518 (OVI) e ABNT NBR 10576 (OMI). Para observar como o teor de oxigênio influência nas reações de oxidação dos óleos, foram preparadas amostras de óleo mineral e vegetal com 5 diferentes concentrações de oxigênio. Foi selecionado um OVI poli-insaturado, com baixo período de indução (PI), medido pelo método condutivimétrico (norma BS EN 14112). Em células de aço inox foram inseridos 800 mL de cada óleo com concentração específica de oxigênio, juntamente com cobre metálico (catalisador). As células foram seladas e colocadas em estufa para envelhecimento acelerado a 200 °C. Ao longo do envelhecimento, foram coletadas 4 amostras (células) de cada óleo, para cada uma das 5 concentrações de oxigênio, em diferentes intervalos de tempo. Após a retirada das células da estufa, aguardou-se o equilíbrio com a temperatura ambiente e então, foram abertas e os óleos envelhecidos analisados por ensaios físico-químicos, pela AGD (análise de gases dissolvidos), por espectroscopia na região do infravermelho com transformada de Fourier (FTIR) para determinação do teor de DBPC (di-terc-butil paracresol) no OMI e pelo método Rancimat para determinação do período de indução do OVI envelhecido. Com este trabalho, foi possível observar que para o OMI, nas condições utilizadas, as diferentes concentrações de oxigênio não afetam suas características físico-químicas. Como conclusão geral para o OMI, tem-se que este óleo não requerer cuidados rígidos quanto a concentração de oxigênio em transformadores antes da energização, após termovácuo ou regeneração do óleo. Porém, o controle do teor de umidade do OMI deve ser realizado e valores baixos devem ser exigidos conforme normativa ABNT NBR 10576, antes da energização, após termovácuo ou regeneração do óleo. Como conclusão geral para o OVI, tem-se que este óleo é muito suscetível a degradação térmica e oxidativa. Cuidados quanto a entrada de oxigênio e umidade no transformador precisam ser tomados tanto na operação quanto após processos de regeneração do óleo. Da mesma forma, a concentração de oxigênio precisa ser controlada em transformadores antes da energização e após tratamento termovácuo.


Direitos autorais do artigo acima para o X WORKSPOT e EletroEvolução, publicação técnica do CIGRE- Brasil.


➡️Para saber mais sobre esse e outros trabalhos acesse o link do evento: https://www.cigreworkspot.com.br/

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