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Estudo de compatibilidade de óleos vegetais para isolamento elétrico


Questões ambientais têm incentivado o uso de óleo vegetal como fluido isolante alternativo para transformadores. Um parâmetro importante a ser avaliado é a compatibilidade do óleo isolante vegetal com os materiais utilizados na construção do transformador, para garantir que não haja danos ao óleo e às peças do transformador em condições normais de operação. O Brasil foi pioneiro em testar e padronizar a compatibilidade de óleos isolantes vegetais, através da ABNT NBR 16431. Em testes de compatibilidade, considera-se que a variação nas propriedades dielétricas do óleo isolante vegetal é essencial para determinar a contaminação do óleo com o material das peças do transformador. A ASTM D3455 padroniza os testes de compatibilidade de óleo isolante mineral, considerando a determinação desses parâmetros de óleo: índice de neutralização, cor, fator de potência, resistência dielétrica. Todos esses parâmetros estão incluídos na norma ABNT, além da viscosidade do óleo. Na verdade, a norma brasileira está sendo revisada e a inclusão da análise de gás dissolvido (DGA) está em discussão. O objetivo deste trabalho realizado pela Vegoor foi avaliar a compatibilidade com óleos vegetais, de acordo com as normas ASTM e ABNT NBR, utilizando materiais da construção de transformadores, como aço silício, tinta, borracha, cola e papel fornecidos por diferentes fornecedores locais. O DGA foi realizado por envelhecimento acelerado por óleo dentro de uma seringa após o preparo de amostras à prova de material de tamanhos específicos e inserção em seringa de vidro preenchida com 40 mL de óleo vegetal. Um teste em branco (sem materiais) é realizado simultaneamente, que é uma seringa contendo apenas 40 mL de óleo vegetal. Ambas as seringas são envelhecidas a 100 °C durante 164 h em duplicata, seguidas da medida de DGA. Os principais resultados deste estudo mostraram que a viscosidade, incluída apenas na norma ABNT, foi um parâmetro-chave na investigação da compatibilidade com óleos vegetais. Este resultado confirma a importância da manutenção da viscosidade como método de avaliação em ensaios de compatibilidade. Além disso, o fator de potência, incluído na ASTM e ABNT, foi significativamente alterado pela contaminação com algumas tintas e borrachas, mostrando que independentemente da natureza do óleo (mineral ou vegetal), essa medida deve ser realizada em testes de compatibilidade. Diferentes resultados de DGA foram obtidos para tintas específicas testadas, que concordam com a análise físico-química. Sugere-se a adição de DGA como parâmetro de monitoramento da qualidade do óleo nas normas para confirmar o diagnóstico de incompatibilidade. Portanto, diferenças entre óleo vegetal e mineral devem ser consideradas em testes de compatibilidade, uma vez que a variação de propriedades distintas na contaminação por óleo deve ser observada, o que é crucial na escolha do material de construção de transformadores usando diferentes óleos isolantes. Finalmente, as normas brasileiras e ASTM devem incluir os mesmos parâmetros de avaliação na determinação dos critérios de compatibilidade.


Direitos autorais do artigo acima para o X WORKSPOT e EletroEvolução, publicação técnica do CIGRE- Brasil.


➡️Para saber mais sobre esse e outros trabalhos acesse o link do evento: https://www.cigreworkspot.com.br/

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